A Rede de Mulheres Produtoras do Pajeú reuniu dezenas de mulheres no Hotel Brotas, em Afogados da Ingazeira, para o Encontro de Monitoramento e Avaliação das Ações do 1º Ano do Projeto Mulheres Mudando o Clima, financiado pelo Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA).
O encontro reuniu mulheres de comunidades rurais de vários municípios da região do Sertão do Pajeú, a exemplo de Flores, Afogados da Ingazeira, Itapetim, Iguaracy, São José do Egito e Santa Cruz da Baixa Verde. Na ocasião, a Rede apresentou o balanço das atividades do Projeto Mulheres Mudando o Clima realizadas em 2024.
“Esse encontro teve como objetivo monitorar as ações que foram implantadas no primeiro ano de execução do projeto, a exemplo das atividades de formação, como oficinas de capacitação, preservação da Caatinga, produção de mudas; além das tecnologias implantadas nas áreas rurais das famílias, sempre na perspectiva da preservação ambiental”, explicou Ana Cristina Nobre, técnica da Rede de Mulheres Produtoras do Pajeú.
Através do Projeto Mulheres Mudando o Clima, a Rede realizou a implantação de vinte áreas agroflorestais, dez áreas de plantas forrageiras adaptadas ao clima (xerófilas), dez barramentos de pedra com tecnologias de conservação do solo e conservação de áreas degradas.
Concluído o primeiro ano do projeto, a Rede voltará às áreas acompanhadas para fazer o serviço de manutenção, com a reposição de mudas necessárias, ampliação das áreas e implantação de práticas agroecológicas, com cobertura de solo, dias de campo com as agricultoras, produção de defensivos naturais, entre outras iniciativas.
“Nós realizamos o monitoramento desse primeiro ano já pensando nas ações do ano seguinte, quando vamos voltar para as mesmas áreas para recompor as mudas que não sobreviveram por causa da seca prolongada e da quentura extrema que estamos vivenciando na região. As mulheres tem colocado pra gente que a dificuldade não é somente a falta de chuvas, mas as altas temperaturas têm contribuído para que muitas das espécies, mesmo as nativas, não consigam se adaptar ao solo”, acrescentou Ana Cristina.